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sábado, julho 02, 2005

Uma Cadeira Vazia Entre Capítulos


A colher usada pousa no pires deixando uma mancha de escuro líquido. “É sempre uma possibilidade”, disseste olhando para a espuma que ainda se revolvia na chávena. Era um fim de tarde de vento, papéis, sacos e poeira, mas o teu cabelo parecia estar protegido por um elmo invisível. Estavas serena e os teus lábios, os teus lábios pulsavam em cada palavra e em cada sorriso. Havia pessoas que tropeçavam nas fendas no chão, corpos que se partiam espontaneamente e postes de electricidade que caiam em cima dos automóveis em movimento, mas tu, tu bebias o teu café diário que me acompanhava.
Não sei o que me fez ousar ordenar as palavras desta forma e arriscar a sugestão. Talvez as sessões de terapia com gente deformada ou talvez uma qualquer tragédia romântica apanhada em insónia. Ensaios mentais quase obsessivos não conseguiram prever a provocadora resposta, o deslizar de olhar e a ténue forma como mordeste o lábio inferior. Queria roubar-te ao mundo naquele preciso instante, mas limitei-me a encolher os dedos dos pés e a sorrir com todas as veias.
“Para onde vamos agora?”, perguntei enquanto olhavas para as minhas mãos perdidas pela mesa, juntamente com o cinzeiro, os guardanapos, as moedas e o que sobrava de mim. Inclinaste a cabeça para trás, olhaste as nuvens que te refrescavam os olhos e depois desapareceste... e eu fui contigo.


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música: Pelican - Sirius
pensamento: sinto que estás desse lado... poderei não voltar aqui.

Æmitis :: 23:04 ::: (0) Apêndice-[s]

sexta-feira, julho 01, 2005

Erro Humano


Já tentaste ler todos os textos que escreves, todos aqueles de tinta sináptica, de trás para a frente? Sim, inverter o pensamento, trocar a ordem do raciocínio humano, desafiar a lógica do que se supõe são e criar novas palavras. É fazer mais que neologismos, é preencher todos aqueles espaços que separam a voz do formigueiro intravenoso.
Talvez seja a Poesia. Sim, é isso, a Poesia. O texto de métrica perfeita que não exige matemática e de metáfora sem comparação alguma. Talvez todos os poetas pensem de forma diferente de todos os outros, sentindo precisamente o que todos os outros sentem. Não é a escrever que se forma um poeta, mas a pensar. Um paralelo intelectual que nunca se compreenderá e uma possibilidade de erro constante que nos torna simplesmente humanos.
Talvez seja o Sonho. Sim, é isso, o Sonho. Largar as cordas da realidade e deixar cair o corpo no profundo inconsciente. Não ter horizonte mais amplo que a própria alma e ser-se eternamente náufrago. Nenhuma ordem natural, nenhum mapa traçado, nenhuma contagem ideal de pequenos tics e pequenos tacs. Toda a luz confluindo e dançando livremente naquela que é a mais que perfeita palette de cores: a existência. Progresso em espiral e um eterno despertar onde os braços espreguiçam até ao infinito, tocando-o.
Anulo-me, eu sei. Encadear as ideias somente para concluir a sua necessidade de inversão. Sou apenas humano e sou tudo o que isso comporta. É um fardo pesado que me atira para o chão e além dele. Ainda bem que vivemos numa esfera.



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música: dredg - Jamais Vu
pensamento: primavera e caos... com gatos.

Æmitis :: 03:56 ::: (0) Apêndice-[s]

 

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