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segunda-feira, agosto 16, 2004

O Voo Do Pelicano


Não me lembro se me atirei ou se fui empurrado. Sei que estava a vaguear de telhado em telhado, controlado por um qualquer instinto felino. O telhado era cinzento, como todos os outros, iluminado pela ténue luz superior. Parei no parapeito para observar a lua que desaparecia lentamente atrás da sombra. Via apenas um fio branco no céu, por entre a neblina e o fumo. A cidade estava a arder e conseguia sentir o calor que subia, vindo do chão. Aparentemente não existe mais nada senão o fogo. Nada disso me preocupava.
Sei também que tinha deixado cair o pequeno amuleto de madeira com a forma de pelicano que tinha comigo. Enquanto caía, o pedaço de madeira esculpida iluminava-se cada vez mais até se transformar numa pequena bola de fogo. Não me lembro se me atirei ou se fui empurrado.
Atrás de mim ouvi alguns passos, os suficientes para saber que, quem quer que fosse, estava perdido. Depois deixei de os ouvir. Talvez tenha saltado para outro telhado. Sei que desejei perseguir aquela presença desconhecida. Queria perguntar-lhe como tinha começado todo este processo. Como tinha a terra ficado tão vermelha. Como se tinham tornado os telhados o único local são em toda a cidade. Mas não consegui. A minha mente ficou encurralada entre vertigem e dormência.
Tarde demais. Ilumino-me e voo como um pelicano.


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música: Neurosis & Jarboe - In Harm's Way
pensamento: pele

Æmitis :: 04:30 :::

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