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domingo, junho 13, 2004

Febre


Mal consigo abrir os olhos. Mal consigo sentir. Estou dormente e doente. Eternamente doente. O meu corpo transpira desassossegadamente. Não devia estar aqui. Devia estar deitado, adormecido, esquecido, morto para o dia que repousa. Porém, insisto em escrever. Em falar. Mesmo sem assunto, sem ideia, sem conteúdo sequer. Insisto. Não há motivação. Não há direcção. Existe apenas esta insónia, esta paranóia a quem cheguei a chamar de amiga. Não te recordas? Déja vu... perpétuo?
O meu corpo não funciona como devia. Nalgum momento durante o período intra-uterino houve alguma falha, alguma quebra no desenvolvimento normal e naturalmente seleccionado. Ou então não será uma falha...apenas uma diferente configuração. Depende do dia. Neste momento nada disso interessa. Mas estou doente. Febre. Tenho febre. Provavelmente nem estou a escrever, estou somente a delirar. O delírio também é meu amigo. O conforto da neurose. Tudo muito pouco explicado, muito mal analisado, muito superficialmente definido. Um conjunto de palavras que se amontua e que nada descreve. Conceitos perdidos na vastidão da noite. Transpiro. Sinto o movimento terrestre. Estou enjoado. Que tudo parasse neste momento para eu poder respirar. Beber um pouco de água talvez. Acho que melhoraria se tal acontecesse. Eternamente doente. Disfuncional. Frágil. Como se cada expiração fosse a última e cada inspiração um alívio. Ainda consigo viver. Tenho que ter em atenção o meu ritmo cardíaco. Tanto em que pensar...


não tens de dizer nada.
senta-te ao meu lado e deixa-me descansar no teu colo.
podes mexer-me no cabelo.
as tuas mãos de lâminas recolhidas são meigas.
mata todos os mosquitos e todo o oxigénio.
o ar que reservámos chega para este momento.
sinto-me melhor.
e tu, distante.


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música: nenhuma
pensamento: "oxygen should be regarded as a drug."

Æmitis :: 03:01 :::

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