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quinta-feira, setembro 04, 2003

Correcção Ao Mundo


Os fantasmas existem. Acreditem. Estes não são almas do outro mundo ou aparições translúcidas. São pessoas reais. Porém, algo os distingue de todos os outros: os olhos. Os olhos destas pessoas são vazios, baços, frios. Como se a alma, o espirito ou qualquer que seja a designação para aquele elemento que nos torna vivos, tivesse desaparecido.
Quantas vezes não vimos aquele homem de idade, num banco isolado do metro ou na fila da padaria, de expressão nula, como um cadáver. A roupa enrugada e um odor que inquieta apesar de não ser desagradável. Ou aquele executivo de fato e gravata cinzenta, com a barba por fazer e o olhar perdido na banca de jornais ou à espera que o semáforo lhe dê forças para se mover. Os fantasmas existem. Acreditem. A jovem adolescente que não se parece com mais ninguém, que respira sem saber porquê e tem o abuso cravado, desde o inicio da sua vida, no interior das suas pernas. Antes de viver foi morta, por aqueles que a deviam criar, que a protegiam... mas ninguém a protegeu de eles. Ou a mãe que perde o único filho, que nascera inesperadamente quando todas as probabilidades lhe diziam que já era tarde demais, num acidente estúpido envolvendo um homem embriagado, muito aço e combustível. Estúpido como a própria morte em si. Os fantasmas existem. Acreditem. E estas pessoas de olhos drenados, não sabem o que são. Não sentem o vazio pois simplesmente já não sentem. Não é a morte que faz fantasmas, como todo o mundo iludido pensa. É a vida. Na sua brutal, inevitável e bela natureza.


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música: Neurosis - To Crawl Under One's Skin
pensamento: insónia

Æmitis :: 03:17 :::

 

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